segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Acaso, destino...

O tema é muito instigante num bate-papo: acaso, destino, fatalidade... Neste contexto, por exemplo, há os que acreditam que nascemos com o destino totalmente já traçado. Para outros, não existe destino, e há os que vêem com ressalvas, ou seja, existe só para determinadas circunstâncias. Particularmente, defendo a hipótese de que certos eventos já vêm escritos no nosso livro de vida, para serem vivenciados em cada jornada evolutiva. Isso, porém, não elimina o livre-arbítrio, que nos oferece o compromisso de escolha em alguns aspectos espirituais. Esclareço: é uma opção individual melhorarmos ou persistirmos num erro. Podemos burilar ou não o nosso ser, a curto prazo, ou deixar para depois, e assim sucessivamente.

Mas, repito, "o acaso não existe". O que tem de acontecer, acontece e só atinge quem deve atingir. Para ilustrar o meu ponto de vista, recebo um e-mail que conta histórias de sobreviventes daquela inesquecível tragédia de 11 de setembro, em Nova York. E o que chama atenção são exatamente os pequenos detalhes. "Conta-se que o chefe de uma empresa chegou tarde, simplesmente, porque aquele dia era o primeiro em que seu filho foi ao jardim de infância.

Um outro estava vivo porque era seu dia de trazer rosquinhas. Uma mulher atrasou-se porque o seu despertador não funcionou. Outra porque ficou presa num congestionamento causado por um acidente. Um outro havia perdido o ônibus. Uma mulher teve que trocar de roupa porque derramou café em seu vestido. Um outro teve dificuldade em fazer pegar o motor do carro. Alguém teve que atender a uma ligação. O filho de outro demorou-se para sair da cama. Alguém não encontrava um táxi"

A pessoa, no e-mail, que falou sobre estes depoimentos, logo após escreveu: "Muitas outras histórias... pequenos detalhes... contratempos...talvez, algum dia, sejam escritas num livro. Aquele homem com quem eu conversava estava vivo porque tinha vestido sapatos novos que lhe causaram uma bolha no pé e teve que parar numa farmácia para comprar atadura.

Hoje, quando pego um congestionamento de trânsito, perco um elevador, atendo uma ligação no momento de uma saída...pequenas coisas que me aborreciam penso comigo...estou exatamente onde Deus quer que eu esteja neste momento. Que Deus continue a abençoar você com todos estes pequenos aborrecimentos que o faça lembrar de seus propósitos. Na próxima vez que parecer que 'se levantou com o pé esquerdo', seus filhos demorando para se vestirem, não lembrar onde deixou as chaves do carro, pegar todos os semáforos fechados no caminho do trabalho, não fique triste, não se irrite, não se sinta frustrado, louve a Deus e agradeça. Nem sempre compreendemos os desígnios divinos. Acredito que Ele queira sempre o melhor para nós, o difícil é ler suas entrelinhas...".

Moral da história e reforço de minha tese: O destino existe. Observem que só morreram os que estavam destinados para aquele dia e circunstâncias. Estes pequenos "imprevistos" acontece muito no nosso dia-a-dia, como forma de nos livrar de algum tipo de dissabor. Quantas pessoas não perderam o avião, a hora, e foi exatamente esta mínima ação que os fez sobreviver ? "Há males que vêm para o bem". Como tal, que consigamos ter paciência, serenidade, e entendê-los, fazendo uma leitura positiva, para podermos sempre poder contar estas histórias.

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